Espetáculo ‘Santana’ mescla cotidiano das mulheres do Engenho Velho de Brotas com a tradição do samba junino

 representatividade feminina e o samba junino são os elos principais do espetáculo Santana, que estreia nesta quinta-feira (18) na Fundação Pierre Verger. A obra teatral é assinada pela estreante na dramaturgia Joseane Santana e tem direção de Daniel Arcades e Thiago Romero.

Santana retrata a vida em família de três mulheres negras, Cremilda, Marta e Nália, explorando suas ancestralidades, cultura, lutas cotidianas e conflitos geracionais, entrelaçadas pela paixão pelo samba junino. Na obra, Nália começa a ter problemas com a mãe e a irmã por dividir seu tempo entre o trabalho na marmitaria, que sempre sustentou a família, e sua performance como artista do samba junino, cantando e sambando pelas ruas do Engenho Velho de Brotas. A história é protagonizada pelas atrizes Arlete Dias, Evana Jeyssan e Naira da Hora.

Nascida e criada no Engenho Velho de Brotas, Joseane Nascimento, 36, é a autora de Santana, seu primeiro texto dramatúrgico, inspirado em suas próprias vivências. Ela pretende exaltar as mulheres de sua comunidade e a potência cultural do bairro com o samba junino, expressão cultural surgida na década de 1970 e hoje reconhecida como Patrimônio Cultural de Salvador.

“A princípio, não planejei projetar minha vida nesse texto, mas o processo foi caminhando naturalmente; parece que tinha muita coisa que precisava ser dita. Fui criada em um contexto feminino. Então, naturalmente, a escrita foi se encaminhando para enaltecer a representatividade feminina das mulheres do bairro, num contexto de samba junino, fé e muita gratidão. Valorizar a cultura e a musicalidade do Engenho Velho sempre foi algo inspirador para mim”, explica Joseane.

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